"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor."

Amyr Klink

sexta-feira, 25 de junho de 2010

PONTE FERROVIARIA DA VOLTA DO BARRETO, TRIUNFO

Muitas vezes atrações turísticas interessantes, seja pela paisagem, seja pelo valor histórico, são esquecidas, deixadas de lado dos roteiros tradicionais e por isso mesmo acabam sendo pouco conhecidas.

Uma destas atrações se localiza aqui pertinho de casa, no município de Triunfo e às margens do Rio Taquari. A localidade conhecida por “Volta do Barreto” tem como atração uma bela ponte ferroviária, de construção metálica, que interliga a localidade ao município de General Câmara, na outra margem do rio.

O nome “Volta do Barreto” vem da localidade estar situada à margem do rio, junto a um ponto onde o Taquari descreve uma “volta” em seu percurso.

Barreto, nos áureos tempos do transporte por linha férrea para o interior do estado, fazia parte da ferrovia que ligava a capital Porto Alegre ao então importante nó ferroviário que era a cidade de Santa Maria, e sediava uma estação que hoje se encontra completamente abandonada e depredada, restando de pé somente suas paredes. Triste testemunha do desmonte e do abandono a que foi relegado o sistema de ferrovias em nosso país.

Na margem do rio, junto à “Ponte do Barreto”, existe também uma pequena balsa para travessia de automóveis e pequenos caminhões, proporcionando ligação por estrada ao município de General Câmara.


Estas são algumas das imagens marcantes da “Volta do Barreto” e sua bela ponte ferroviaria:



quarta-feira, 23 de junho de 2010

INTERIOR DE GRAMADO, CANELA E SÃO CHICO, MAIO DE 2008

Em maio de 2008 decidimos passar um final de semana na serra, para curtir as paisagens e o friozinho do inverno que já dava as caras. O destino escolhido era o movimentado pólo turístico de Gramado / Canela.

Para não perder a oportunidade nem o costume, optei por subir a serra por um caminho menos obvio e certamente muito mais divertido e atraente do que o asfalto da RS-115 que liga Taquara a Gramado. O dia prometia belas imagens, uma vez que o tempo resolveu colaborar com um sol brilhante, céu azul e temperatura baixa.

Seguindo pela BR-116 a partir de Canoas e passando pelo pórtico de acesso a Ivoti, algumas centenas de metros após o Shopping Portal da Serra entramos à direita no acesso à localidade de Travessão, já no município de Dois Irmão.

Este caminho é conhecido como “Caminhos da Colonia” e segue por uma região montanhosa de belos sítios e chácaras onde a presença da colonização alemã é marcante.
Passamos por atrações como a Cachaçaria Dom Braga - www.dombraga.com.br/new/ - onde é fabricada e engarrafada uma premiada pinga de altíssima qualidade.
Mais a frente, outra atração é o Armazém Scholles, um típico “bolicho” do interior, conservado imutável através das décadas.
O caminho cruza pelo centro da cidade de Dois Irmão e daí em frente a pavimentação acaba, a estrada de terra e a diversão finalmente começam.

Seguimos em direção à localidade de Picada Verão, onde estão localizados diversos campings e áreas de balneário, todas aproveitando as cascatinhas e corredeiras formadas pelo pequeno rio que acompanha por vários quilômetros o traçado da estradinha. Entre estas opções de camping, sem dúvida a mais conhecida, movimentada (no verão obviamente) e bem estruturada é a Reserva Sitio da Família Lima - www.reservafamilialima.com.br .
Como estamos no outono e nosso interesse não era o camping, seguimos em frente pela estradinha de terra saindo em São José do Herval, onde paramos para fotografar a belíssima igreja de pedra.

Ali mesmo junto à igreja, uma boa opção para a hora do almoço é o Restaurante Colonial Kieling - http://kieling.blogspot.com/ - , simples mas autentico e aconchegante.

Do outro lado da rua, temos um belo exemplar de construção estilo enxaimel, tão típico e sempre presente nas regiões de influência cultural e colonização alemã.

Após a rápida parada para fotos, tocamos em frente e passamos direto pelo pequeno centro da cidade de Santa Maria do Herval e pela localidade de Boa Vista do Herval. Aqui, em torno de 5km após a igreja da comunidade, existe uma bonita cachoeira com acesso junto à estrada.
O problema é que tal cachoeira não é vista de nenhum ponto da estrada, não existem indicações, portanto se vc. não conhece o local, ou não tem a localização exata da cachoeira marcada no GPS, esqueça...........muito provavelmente não encontrará a pequena trilha em meio à mata, que partindo da beira da estrada, desce algumas dezenas de metros até um ponto onde se tem uma bela visão da cachoeira.
Seguimos em frente pelas estradinhas da colônia, deixando para trás o município de Santa Maria do Herval e entrando no território de Gramado pela localidade de Linha Tapera.

Linha Tapera é uma região muito bonita e pouco conhecida de Gramado, onde os traços da colônia estão extremamente bem preservados. Aqui, os traços da colonização alemã se mesclam com uma forte influência dos italianos que também escolheram este pedacinho da serra como local para erguerem suas casas e construírem suas vidas.
Pequenas capelas, galpões de pedra, casas de madeira e muitos sítios com jardins floridos e bem cuidados ajudam a compor com a paisagem naturalmente bela da região, em cenários de extrema beleza. Uma lástima e ao mesmo tempo um alívio a massa de turistas que vêm conhecer Gramado se limitarem às atrações comerciais do centro da cidade.


Após Linha Tapera chegamos finalmente a Gramado, e como já eram umas 15:00h nem paramos, fomos direto em direção a Canela onde nos esbaldamos num saboroso e farto café colonial. Ficamos hospedados na Pousada das Águias - www.pousadadasaguias.com.br – uma pequena e charmosa pousada construída em estilo alemão, localizada próximo ao condomínio Laje de Pedra.

Após nos instalarmos na pousada e de um rápido descanso, ainda encontramos tempo para sair e conhecermos o Morro do Dedão, que fica a uns 7km da Catedral de Pedra, ponto de partida do caminho que leva ao morro. O acesso é por uma trilha deserta, estreita e esburacada, e praticamente só é possível chegar até o topo do morro com jipes 4x4 ou motos tipo trail. Lá em cima fomos premiados com um belo visual do final de tarde nas encostas e morros da serra.

Na volta do Morro do Dedão, com o sol já se pondo, fomos direto a Gramado curtir um pouco a cidade e suas atrações, afinal ninguém é de ferro. Caminhamos um pouco pelas ruas centrais, vitrines, lojas, visitamos o bonito Lago Joaquina Bier, mas logo fomos “incentivados” a procurar abrigo na pousada. Às 19:00h, a temperatura era de meros 2ºC, e voltar para o calor da lareira da pousada nos pareceu uma opção mais interessante do que os 2ºC da rua.........

A noite foi gelada, mas a calefação do quarto nos garantiu uma noite gostosa e confortável. Como já se poderia prever, o dia seguinte amanheceu bastante frio, e para nossa alegria, os campos, gramados e telhados cobertos de branco, reflexo da forte geada da madrugada.


Deixamos a pousada após um gostoso café da manhã e fomos curtir o sol e nos aquecer tomando o clássico chimarrão na bonita praça do Condomínio Laje de Pedra, onde o lago emoldurado pelas árvores desfolhadas e pelas cores do outono compunham uma paisagem maravilhosa, tranqüila e bucólica.

Após cansarmos de “brincar de milionário” e curtir a praça e os cenários do Condomínio Laje de Pedra, retornamos para a estrada, deixando para trás Canela e seguindo para a cidade de São Francisco de Paula.
Para não perder o costume, optei por seguir em direção a São Chico percorrendo estradas de terra de pouco movimento pelo interior do município de Canela.

Por este caminho, passamos em frente ao Alpen Park - www.alpenpark.com.br - , pela Vinícola Jolimont - www.vinhosjolimont.com.br - descendo e subindo morros, para finalmente após passarmos pela Usina e Barragem dos Bugres retornarmos ao asfalto da RS-235, já próximo à Barragem do Salto.

Dali seguimos direto a São Chico, onde almoçamos o já tradicional macarrão à carbonara e filé à parmiggiana no Trattoria Pasta Nostra, e fomos aproveitar o restinho da tarde no Lago São Bernardo, onde às 17:00h já havia uma neblina anunciando o fim do dia e o inicio de mais uma noite de frio na serra.

Era a hora de voltar para casa. Nos restava agora somente o asfalto entre São Chico e Canoas, onde chegamos já noite, não sem antes enfrentarmos um inevitável engarrafamento na chegada pela BR-116 a Canoas, enfim, estava de volta às coisas da cidade.

terça-feira, 22 de junho de 2010

LAGOA DA HARMONIA, TEUTÔNIA

A cidade de Teutonia fica localizada na região do Vale do Taquari, está distante 115 km da capital Porto Alegre e é caracterizada pela sua marcante colonização alemã.

Entre suas diversas atrações, uma chama a atenção em especial pela sua peculiaridade e pelas belíssimas paisagens.

A Lagoa da Harmonia – http://www.lagoadaharmonia.com.br/ - é um parque particular, situado a 593 metros de altitude, na localidade de Linha Harmonia, a 12km do Centro Administrativo. Esta lagoa represada deu origem à primeira hidrelétrica do município e a primeira cooperativa de eletrificação de Teutônia.

O acesso se dá pela Rodovia RS 453, Rota do Sol, onde 300m após o Posto da Polícia Rodoviária Estadual, no sentido Lajeado – Garibaldi, deve-se entrar a esquerda no trevo de acesso a Linha Harmonia. O acesso é sinalizado com placas na estrada, fácil e sem erros..

A Lagoa e o parque estão localizados no ponto mais alto da região. Lá de cima, a partir do mirante, se tem uma bonita vista da cidade de Teutonia e da região.

O parque oferece como atrações para os visitantes, além da bela lagoa cercada pelas montanhas, um ótimo restaurante, muita área verde, churrasqueiras à sombra e uma pousada com bonitas e muito bem equipadas cabanas. Tudo extremamente bem organizado, limpo e conservado.


Uma excelente opção de passeio com a família, para desfrutar da tranqüilidade, do silencio e a bela paisagem proporcionadas por esta lagoa isolada entre os picos das montanhas na região rural de Teutonia.

sábado, 19 de junho de 2010

EXPEDIÇÃO AO SUL DO SUL - SÃO JOSÉ DO NORTE, ABRIL DE 2008

Há tempos vínhamos tentando organizar um passeio, uma expedição para juntar a turma que freqüenta o Fórum Brasil 4x4 e que na grande maioria só se conhece por e-mails e pelo fórum. O destino escolhido pelo grupo foi uma das regiões mais isoladas do estado do RS, o litoral sul na região de Mostardas a São José do Norte, passando por faróis e cascos de navios encalhados e abandonados na praia.

No feriadão de 21 de Abril de 2008, Tiradentes, finalmente conseguimos reunir um bom número de interessados e a expedição saiu do papel, ou melhor, do computador. A idéia era fazer o trecho Quintão a São José do Norte pela beira da praia, num total de 250km de praias e muita areia, atravessar a balsa para Rio Grande e visitar a maior praia do mundo em extensão, o Balneário Cassino em Rio Grande. Alguns do grupo ainda iriam aproveitar para esticar a aventura pela praia até o Chui para fazer umas comprinhas no Uruguai.

Acordei no sábado às 4:15h e as 4:45h já estava no posto de combustível combinado na BR-116 em Canoas esperando o colega Nanito que vinha de São Leopoldo. Jipe abastecido, pneus calibrados, mochila feita, algumas latinhas de cerveja, água, umas frutas e bolachas para um lanche de improviso e vamos lá.

De lá seguimos até o posto de pedágio de Águas Claras em Viamão, onde se juntou ao grupo o colega Mauricio e seu zeca Giovani em mais um Vitara. Mais adiante encontramos o Marcelo de Sidekick e o Leo Vicente também de Vitara. Combinamos então por telefone com o Dudu, o último a se juntar ao grupo, para nos esperar lá na praia em Dunas Altas, Quintão. Saímos da RS-030 em Capivari e seguimos até Palmares pela RST-101, onde pegamos a estrada da Granja Vargas que leva até o farol e a pequena vila de Dunas Altas.

Chegamos finalmente à beira da praia em torno de 8:00h e após algumas fotos do grupo reunido, iniciamos nossa longa e esperada travessia pela areia da praia, com destino ao Balneário do Mar Grosso em São José do Norte, onde passaríamos a noite. Éramos 04 Vitaras, 01 Sidekick e 01 Samurai e muita disposição para enfrentar o que viesse pela frente. A areia estava um pouco fofa, pesada, e a maré um pouco alta, ou seja as condições não eram as ideais para trafegar pela praia, mas nada que assustasse ou criasse alguma dificuldade maior aos expedicionários.

Mal rodamos uns 30km e pouco antes do Farol da Solidão encontramos uma Sprinter atolada na areia até os eixos.........a galera estava tentando puxar com uma S-10 e cordas.....sem chances. Prontamente paramos para ajudar, afinal esta é sempre uma das partes mais divertidas de qualquer expedição fora-de-estrada.
Primeiramente tentamos com o guincho do Samurai, mas sem sucesso, a Sprinter estava totalmente carregada e ao invés de desatolar arrastava os eixos na areia fofa. Partimos pra algo mais radical, e montamos um “trenzinho” com 04 jipes, saiu na primeira puxada. Foi uma cena muito legal ver 04 Suzukinhos puxando aquele monstro de Sprinter, carregada até o teto de tralhas de pesca.

Seguimos em frente, passando pela região do Bacupari e pelo naufrágio do navio Month Athos .

Em nosso caminho, sempre praias desertas e muita areia, que por sinal estava muito boa para andar, lisinha, uma delicia.

Pouquinho adiante, aos 38km a partir de Dunas Altas, paramos no Farol da Solidão para fotos, um lanchinho rápido e vamos em frente!

Dali tocamos direto até o Balneário Mostardense ou “Praia Nova” como chamam os locais, passando por São Simão, Vila Pai João, pelos pilares de concreto, pelo naufrágio do navio Aline St.Maru e outros pontos de referência clássicos deste trecho do litoral. Entramos pela Praia Nova em direção a Mostardas para abastecermos, afinal este seria praticamente o último acesso a um posto de abastecimento até SJ. Norte.
A natureza sempre presente por todo lado, nos acompanhando e nos brindando com cenas maravilhosas como esta revoada de pássaros.

Com os tanques abastecidos até a boca, retornamos pelo mesmo caminho para a beira da praia e seguimos em frente em direção ao Sul. Como já passava do meio-dia, começamos a procurar um local com sombra para prepararmos nosso almoço, que finalmente foi preparado numa cabana de pescadores abandonada junto ao Farol de Mostardas, devidamente “desapropriada” pelo grupo para o preparo de nossos bifinhos no disco de arado.


Agora com os nossos “tanques” devidamente abastecidos, seguimos em frente, pois ainda havia 140km e muita coisa bonita para ver pela frente. Após a praia de Mostardas ou Praia Nova, o já raro movimento de pescadores e veranistas simplesmente acaba e dali em diante é praia deserta o todo.
A gente anda dezenas de quilômetros pela beira da praia sem cruzar com ninguém.

Seguindo em frente, nossa grande dúvida da expedição era se seria possível atravessar a barra da Lagoa do Peixe, uns 20km adiante do Farol de Mostardas, ou seja se a barra “estaria fechada” na linguagem do povo da região. Normalmente esta barra tem de 1,5 a 2m de profundidade e correnteza forte no fundo, impossibilitando a passagem de veículos.

Esta situação nos obrigaria a retornar a Mostardas e contornar a Lagoa do Peixe pelo asfalto da RST-101 até a altura do distrito de Bojuru, para então retornarmos à praia, o que aumentaria consideravelmente nosso trajeto e nos tomaria um tempo razoável. Porém as informações que colhemos com o pessoal em Mostardas apontavam que a “barra estava fechada” ou seja, seria possível cruzar de jipe pela praia sem problemas.
Com o waypoint da barra da Lagoa do Peixe marcado no GPS, seguimos em frente e para nossa completa surpresa, chegando lá encontramos a barra da lagoa completamente seca, na verdade nem era possível identificar o local exato onde ficava a barra da Lagoa do Peixe. Somente sabíamos que aquele era o local pela marcação do GPS. A Lagoa do Peixe por sua vez estava também quase completamente seca, um cenário triste e bem diferente do que vi quando estive lá 05 meses atrás, em dezembro de 2007.

Continuamos nosso destino rumo ao Sul, pelo caminho, mais naufrágios nesta costa deserta e famosa por seus ventos traiçoeiros.

Seguindo em frente, passamos por mais três faróis no trecho de 120km de praia entre a barra da Lagoa do Peixe e SJ. Norte. O primeiro, na altura de Bojuru, é o Farol de Capão de Fora. Tem sua torre construída em alvenaria e se destaca pela sua altura e por estar localizado numa região completamente isolada e plana, sendo visível da praia a muitos quilômetros de distância. Durante todo o trecho, muita natureza, praias desertas, nenhuma vila ou povoado, e logicamente pássaros em enorme quantidade.

O segundo farol é o Farol da Conceição, uns 60km antes do Mar Grosso em SJ.Norte.


Na verdade são dois faróis, o original de tijolos tombou na praia no início da década de 90, vítima da erosão e das ondas do mar, e hoje temos apenas as ruínas de sua base e de sua torre estendida na praia invadindo o oceano. Em seu lugar, foi construído um farol moderno em estrutura metálica.

Foto do farol da Conceição original, tirada à epoca de seu tombamento na praia.
A turma na beira da praia, junto às ruinas do farol da Conceição tombado na areia.
No entorno do Farol da Conceição encontramos um banhadinho atrás das dunas, onde prontamente a galera aproveitou para brincar com os jipes.
O terceiro farol, o Farol do Estreito, fica a apenas 30km de SJ.Norte e é exatamente igual ao farol metálico da Conceição. Passamos batido, pois o final de tarde se aproximava e tinhamos ainda alguns bons km pela frente até o Balneário do Mar Grosso em São José do Norte.
Finalmente chegamos às cabanas da pousada na praia do Mar Grosso em São José do Norte já com o sol se pondo, às 18:30h.

Detalhe: a cidade de São José do Norte estava completamente às escuras, sem energia elétrica devido a uma falha no gerador que estava abastecendo a cidade. Os cabos elétricos aéreos que trazem energia para a cidade cruzando sobre o canal da Lagoa dos Patos haviam sido desligados para permitir a entrada do casco da plataforma P-53 no porto de Rio Grande. Este foi apenas mais um detalhe pitoresco para dar mais sabor de aventura à nossa expedição.
Depois de todos acomodados em suas cabanas, partimos para os trabalhos de preparo do nosso churrasco à luz de lampião...........a energia retornou somente às 21:00h e após uma grande janta e muita conversa e integração do pessoal, fomos todos descansar pois o dia tinha sido longo e puxado.
Na manhã seguinte acordamos às 6:30h e logo o chimarrão já estava pronto. Após um rápido café deixamos a pousada às 8:00h e seguimos para São José do Norte para a fila da balsa que nos levaria a Rio Grande.
A travessia entre São José do Norte e Rio Grande dura em torno de 45min., e durante o tempo todo curtimos o visual da cidade de Rio Grande do outro lado do canal da Lagoa dos Patos.

Antes de embarcarmos os jipes na balsa e iniciarmos a travessia para Rio Grande, aproveitamos para uma caminhada e uma sessão de fotos pelo cais da histórica São José do Norte.

Ainda vimos e logicamente fotografamos a plataforma P-53 da Petrobras, em fase final de construção no estaleiro montado junto ao porto.

Em Rio Grande, abastecemos os jipes e seguimos em direção à praia do Cassino, parando nos molhes da barra para a tradicional foto do grupo. Ao chegarmos à praia, nos deparamos com um forte nevoeiro, uma maresia que atrapalhava a visibilidade e dominava o cenário daquela manhã de domingo.


Dos molhes seguimos por mais uns 15km até o casco do navio Altair, passando pela praia do Cassino. Ali seria minha despedida do grupo que seguiria a aventura pela praia até o Chui na divisa com o Uruguai, ou seja mais 200km de praia deserta.

Após as últimas fotos do grupo reunido em frente ao Altair, me despedi do pessoal, a caravana seguiu e eu retornei ao Cassino. De lá, segui para Porto Alegre pelo asfalto da BR-116 numa viagem tranqüila e sem pressa.

Ainda arrumei um tempinho para entrar em São Lourenço do Sul para tomar uma cerveja bem gelada e comer alguma coisa curtindo a beira da Lagoa dos Patos.
Fazia muitos anos que não visitava S.Lourenço e fiquei impressionado com a estrutura de lazer que foi criada à beira da lagoa, com um bonito e bem cuidado calçadão para caminhadas, muitos quiosques e árvores e diversos bares e lanchonetes criando um ambiente muito bonito e tranqüilo, perfeito para quem procura descanso e quer admirar a bela Lagoa dos Patos.
De São Lourenço foi uma tocada só até em casa. Encerrei a expedição em clima de muita alegria, pela aventura realizada, pela excelente parceria dos amigos de viagem, e claro por retornar em segurança após tantos km de estrada e tantos lugares visitados. Foram no total 835km medidos no GPS, dois dias de estrada e muitas histórias para guardar na lembrança.