"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor."

Amyr Klink

quinta-feira, 27 de maio de 2010

NOVA PÁDUA, ABRIL DE 2006

No feriado de 1º de Maio de 2006, subimos a serra para conhecer a cidade de Nova Padua e o roteiro dos "Vinhos dos Altos Montes".

Nosso roteiro era: Canoas, Caxias do Sul, Flores da Cunha, Nova Pádua, Nova Roma, retornando a Canoas, totalizando 340 km de estrada.

O objetivo do dia era conhecer a região dos vinhedos entre Flores da Cunha e Nova Pádua. O tempo bom, céu claro e friozinho eram prenúncios de uma ótima viagem e bonitas paisagens.
Partindo de Canoas, tomamos a RS-122 até Caxias do Sul, e de lá seguimos pela estrada que leva a Flores da Cunha e Antonio Prado. Após uns 10km nesta estrada, pouco antes de chegarmos à cidade de Flores da Cunha, entramos a esquerda no trevo que dá acesso à estrada que leva a Antonio Prado. Desta forma, evitamos entrar pelo centro da cidade desviando assim do trânsito. O centro de Flores da Cunha não oferece atrações turísticas que justifiquem uma visita mais demorada, as maiores atrações e as paisagens mais interessantes estão no interior e é para lá que ajustamos nossa rota de destino. Do trevo para Antonio Prado, andamos mais uns 5km e novamente entramos a esquerda na estradinha que vai nos levar a Nova Pádua.


Temos pela frente inesquecíveis 12km de estrada asfaltada, nova, perfeita e com pouco trânsito, cruzando uma região de vales e montanhas com paisagens fantásticas de parreirais e vinhedos à beira da estrada, rústicas casas coloniais e vinícolas onde se pode chegar, fazer uma degustação e levar de lembrança alguns dos bons vinhos produzidos na região.


Pouco antes de chegarmos à cidade de Nova Pádua cruzamos pelo pórtico da cidade, local obrigatório de parada para algumas fotos.

A cidade de Nova Pádua é linda, limpa, pequena, tranqüila, silenciosa, organizada. De colonização italiana, têm na praça central e na sua Igreja o maior atrativo turístico. Vale a parada em frente a Igreja para um breve descanso e algumas fotos de lembrança.


Seguindo em frente após Nova Pádua, pouco adiante deixamos a estrada e entramos a direita, em direção ao Belvedere Sonda, sem dúvida a grande atração em termos de paisagem da região. Acompanhando as placas de indicação, mais 3km e entramos novamente a esquerda em uma estrada cascalhada de 1km que dá acesso ao belvedere. De lá temos uma vista maravilhosa do Rio das Antas correndo lá embaixo em meio às montanhas. Também é possível avistar o cachoeirão do Rio das Antas, a balsa onde faremos a travessia para o outro lado do vale e mais adiante a obra de construção da barragem da hidroelétrica Castro Alves. Este é um local para muitas fotos, e também para ficar um bom tempo simplesmente admirando a beleza e o silêncio da serra, das montanhas, do rio das Antas e seu vale.

Junto ao belvedere existe uma pousada e também um restaurante que serve pratos típicos italianos, do qual tínhamos ótimas referências para nosso almoço, mas infelizmente estava fechado, em pleno feriado de 1° de maio....como as opções em Nova Pádua são poucas em termos de restaurantes, acabamos tendo que retornar a Flores da Cunha para um almoço meio improvisado já às 2:00 da tarde.
Após o almoço retornamos a Nova Pádua e agora seguimos em frente com destino a Nova Roma. Após o trevo que dá acesso ao Belvedere Sonda, a estrada deixa de ser asfaltada, porém é bem cascalhada e está em boas condições. A paisagem agora é de penhascos, fortes descidas, mato fechado formando quase um “túnel verde” sobre a estrada, natureza em estado puro. A estrada desce forte em direção ao Rio das Antas, até o ponto onde atravessamos o rio pela balsa.



A balsa é uma atração a parte para quem está acostumado à vida na cidade, pressa, tecnologia etc..........em pleno séc. XXI ela ainda é movida a mão, puxada através de alavancas e cabos de aço de um lado para o outro do rio, proporcionando uma travessia do rio lenta e silenciosa, perfeita para admirar a paisagem em volta.

Saindo da balsa seguimos pela estreita estrada de chão, subindo agora novamente o vale até Nova Roma. No meio do caminho uma parada em um mirante para observarmos a grandiosa obra de construção da barragem no Rio das Antas, com a movimentação frenética de máquinas e homens e fazendo pensar sobre os impactos desta obra sobre uma paisagem tão intocada e bela que é este vale do Rio das Antas.

Chegando a Nova Roma perguntamos sobre a estrada que leva a Farroupilha, RS-448, é bem fácil e não tem erro, após Nova Roma são aprox. 40km de estrada asfaltada nova e de pouco trânsito ligando Nova Roma à RS-453 que leva a Farroupilha.
Inicialmente cruzando uma região de colônia, a estrada se torna incrivelmente sinuosa descendo forte até a ponte de ferro que cruza sobre o Rio das Antas e depois subindo novamente até Vila Jansen. Este trecho de serra é extremamente bonito, as paisagens são de tirar o fôlego e vale a pena andar bem devagar aproveitando o visual a cada nova curva. Na ponte de ferro paramos para umas fotos, um descanso e uns momentos de contemplação da paisagem de final de tarde sobre o rio das Antas.
Seguindo em frente e após passarmos pela Vila Jansen, retornamos à RS-448 e de lá tomamos a RS-122 de volta a Farroupilha e Canoas.
Foi um dia de muitas paisagens inesquecíveis guardadas em nossas lembranças, ótimas fotos, muitos momentos agradáveis de descontração e felicidade por termos tão perto de nós regiões ainda tão bonitas e tranqüilas. Alguns km de novas estradas no currículo e vários kg de stress deixados para trás pelo caminho.

2 comentários:

  1. Ariel,
    Saberia me informar o nome da pousada na frente do mirante???

    Jaqueline Frozza

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    1. Oi Jaqueline, a pousada se chama Pousada Albergo Sonda, ou algo beeem parecido com isso :-)

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