"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor."

Amyr Klink

quarta-feira, 28 de outubro de 2015

VALE DAS TRUTAS, SÃO JOSÉ DOS AUSENTES, MAIO DE 2015


   Aproveitando o feriado de 1º de Maio, voltamos mais uma vez à região de São José dos Ausentes, desta vez para nos hospedarmos na pousada Vale das Trutas - www.valedastrutas.com.br .


   O Vale das Trutas fica junto à estrada RS-020 que faz a ligação entre Cambará do Sul e Ausentes, e está distante 42 km do centro de Cambará, sendo que apenas 11 km deste trecho estão asfaltados, o restante do trajeto é feito sobre as costumeiras estradas de terra com muita pedra, típicas da região, o que apesar de atrasar a viagem não é impedimento para nenhum tipo de carro, mesmo veículos normais de passeio trafegam com tranquilidade desde que respeitadas as condições da estrada.

Pórtico de entrada da Celulose Cambará S.A., no meio do caminho a Ausentes

   As acomodações do Sitio Vale das Trutas são em cabanas de madeira que comportam 04 pessoas, todas equipadas com cozinha completa e a indispensável lareira para aquecer as noites frias, típicas da região.

Cabanas do Vale das Trutas

   Além da beleza ímpar do vale onde está instalada a pousada, outro diferencial importante do local (fazendo jus ao nome da pousada) é a criação de trutas em tanques e lagos, com objetivo de consumo pelos hóspedes no sistema ‘pesque e pague’, além do fornecimento de trutas para outras pousadas da região. Diferentemente das pousadas localizadas na região do Rio Silveira, onde a pesca da truta só é permitida no sistema ‘pesca esportiva’ ou seja pesque e solte, aqui o objetivo da criação dos peixes é o consumo, de forma controlada, sustentável e sem impacto ao ambiente.

Um dos tanques de criação das trutas no sitio

   Saímos da região metropolitana de Porto Alegre e subimos a serra via São Francisco de Paula e Cambará do Sul, chegando a nosso destino pouco depois do meio dia, ainda a tempo de nos instalarmos e prepararmos um almoço rápido em nossa cabana. 

Instalados na"nossa" cabana

   A tarde da sexta feira foi dedicada a caminhar pela área da pousada, admirando a paisagem e entrando no clima de tranquilidade do local. 


Final de tarde no Vale das Trutas com a neblina chegando e encobrindo a paisagem

   À noite, já que a neblina chegou forte e trouxe junto um agradável friozinho, nada melhor que pôr fogo na lareira e curtir um bom vinho, antes de dormir cedo.


   No sábado após o bom café da manhã servido no restaurante da pousada, fomos visitar o mirante da Serra da Rocinha. O mirante está localizado a apenas 6 km da pousada, com acesso pela estrada que faz a ligação entre Ausentes e a região do litoral sul catarinense (BR 285). Chegando à divisa entre os estados do RS e SC, antes de iniciar a descida da serra, na margem direita da estrada existe uma entrada que dá acesso ao mirante, facilmente identificado por um conjunto de antenas instaladas no local.

Cânion no mirante da Serra da Rocinha

   Entrando por este acesso é possível chegar de carro até bem junto da borda do cânion onde está localizado o mirante e uma rampa de vôo livre. Dali, o visitante tem uma visão completa do vale localizado lá embaixo no pé da serra.

Uma das duas rampas de vôo livre no mirante da Rocinha

Campos sem fim nas bordas do cânion da Rocinha

Lá embaixo, a estrada que leva aos municípios de Ermo e Turvo, já em solo catarinense

   Deixando o visual do mirante da Rocinha para trás, vale a pena seguir alguns quilômetros pela estrada que leva aos municípios de Timbé do Sul, Ermo e Turvo, na parte baixa da serra, já em solo catarinense. A descida (ou subida) da serra da Rocinha é nada menos que um zigue zague sem fim por uma estradinha estreita de pedras entre as montanhas. Como havia chovido nos últimos dias, também temos um pouco de barro em alguns trechos mais úmidos da estrada.

Subindo a Serra da Rocinha, divisa RS / SC
   
   No retorno à pousada compramos alguns filés de truta para prepararmos no jantar. O hóspede que preferir pode pescar diretamente nos açudes e tanques e pagar pelas trutas pescadas, já limpas, ou então fazer como nós, comprar os filés já limpos e prontos para o preparo.

   Após o almoço fomos caminhar no entorno da pousada e conhecer mais de perto a cachoeira que fica à margem da estrada, pouco antes de chegar a pousada no sentido de quem vem de Cambará. De cara, enfrentamos uma forte subida, que se por um lado é cansativa, por outro lado nos recompensa com este belo visual do sítio:

Lá embaixo, as cabanas do Vale das Trutas

À beira da estrada, pinhões

   Saindo da pousada e caminhando na direção de Cambará, basta seguir a estrada até cruzar uma pequena ponte de madeira.

Ponte na RS-020 que liga Ausentes a Cambará

   Passando a ponte, à direita existe um acesso junto à cerca de arame, de onde seguimos caminhando pelo campo acompanhando a cerca até chegar ao lado da cachoeira.

Vista da "parte alta" da cachoeira.....vamos descer lá embaixo !

   Para quem tiver folego e quiser seguir em frente, é possível descer o morro e chegar ao pé da cachoeira. Vale muito a pena.


   Alguns metros rio abaixo há um ponto onde se equilibrando sobre pedras é possível cruzar para o outro lado da margem, dando acesso de volta à pousada por um atalho que economiza uma bela caminhada. Como este atalho exige que se cruze por dentro do rio e não queremos molhar os sapatos, voltamos pelo mesmo caminho da estrada até a pousada.

   À noite, mais uma vez lareira acessa, trutas assando no forno para o jantar e um malbec como acompanhamento.

   Durante a noite do sábado o vento aumentou bastante, carregando as nuvens e limpando de vez o tempo. O domingo amanheceu mais frio. Após o bom café da manhã, preparamos o chimarrão e passamos o restante da manhã caminhando pela área da pousada e curtindo a tranquilidade do local.

Manhã de domingo de céu limpo e temperatura mais baixa

'Old Massey', ainda na lida dos trabalhos da pousada

Não poderiam faltar as hortências...

   Após o almoço, arrumamos tudo e fechamos nossa estadia, iniciando nossa viagem de retorno para casa, com direito a um rápido desvio em São Chico de Paula para visitar o lago São Bernardo decorado com o tom avermelhado das folhas dos plátanos, típico do outono.

Plátanos no São Bernardo, São Chico de Paula


terça-feira, 20 de outubro de 2015

"POR AÍ 11" - SANTA MARIA DO HERVAL E MORRO REUTER

   A região localizada entre o Vale do Sinos e a serra gaúcha e composta pelos municípios de Santa Maria do Herval, Morro Reuter e Picada Café esconde uma infinidade de estradinhas de terra e atrações para quem curte sair do ambiente urbano.


   A região é de colonização alemã e ainda hoje os traços da cultura germânica são muito presentes, seja no nome das localidades, seja no sotaque carregados dos moradores.


Igreja da localidade de Frankental

A influência alemã é clara no nome das localidades

   Para conhecer a região, basta seguir pela BR-116 a partir do Vale do Sinos e em Morro Reuter entrar à direita na estrada que leva a Santa Maria do Herval. Dali em diante, basta escolher um dos inúmeros caminhos que cruzam a colônia e aproveitar.

Linda e bem conservada casinha em estilo enxaimel

Igreja da localidade de Padre Eterno Baixo

   Uma das muitas possibilidades de passeio é seguir pelo meio da colônia até a cidade de Gramado cruzando a região conhecida como 'Serra Grande', num trajeto sem dúvida bem mais interessante e divertido do que o tradicional caminho via Taquara.


"TEUFELSLOCH", IVOTI, JULHO DE 2015

    Rápido passeio aproveitando uma tarde de final de outono com muito sol para visitar o núcleo de casas em estilo enxaimel de Ivoti - http://www.ivoti.rs.gov.br/turismo - na localidade conhecida como ‘Teufelsloch’ ou ‘Buraco do Diabo’.


      Ivoti fica a 50 km de Porto Alegre, com acesso via BR-116 passando pelo Vale do Sinos em direção à subida da serra.

Sinal de inicio do inverno no sul

  Enxaimel de verdade, nada de construções modernas em estilo "fake enxaimel" como estamos acostumados a ver em Gramado.





Claro que fomos de Belina !

GARIBALDI, ABRIL DE 2015

   Em abril de 2015 fizemos um rápido passeio a Garibaldi, para participar do encontro de carros antigos promovido pelo grupo ANTIGAR – Antigos de Garibaldi, que acontece a cada dois meses na área da estação da “Maria Fumaça”, na entrada da cidade.

Estação Garibaldi


   O encontro estava muito bacana, muitos carros raros e interessantes e bom público. Organização nota 10.


Os "grandes" americanos muito bem representados

   A movimentação começa cedo, chegamos por volta das 10:00 h e a área estava cheia, quase não havia mais local para estacionar.

XR-3, esportivo da moda dos anos 80

Bel não fez feio 

Uma irmã mais velha da Bel, igualmente perfeita


Os muscle cars também marcaram presença com Charger e Corvette

   Quando o agito começa cedo, também termina cedo. Pouco depois das 11:30 h o pessoal começou a desmobilizar as viaturas e ir para casa preparar o churrasco de domingo.



Clássicos nacionais muito bem representados: Opala, Karmann Ghia e Passat

   Antes de ir embora fizemos um breve ‘tour’ pelas ruas da bonita e tranquila Garibaldi e uma visita ao prédio da vinícola Peterlongo.




  Nosso almoço foi no já conhecido restaurante Nono Otavio - http://nonootavio.com.br/ - , localizado no interior de Carlos Barbosa.  


   Para nossa surpresa, ao chegar lá nos deparamos com um ambiente completamente novo, muito maior do que o restaurante antigo que ficava num porão de pedra de uma casa típica da colônia. A área nova atende o cliente com mais conforto e muito mais espaço, mas a meu ver o restaurante perdeu o apelo, o clima exclusivo, rústico e agradável. Deixou de ter enfim o diferencial do porão de pedra...então agora o Nono Otavio é apenas mais um ótimo restaurante de comida típica italiana, que a propósito, esta sim não mudou, continua excelente.