Aproveitando o feriado de 1º de
Maio, voltamos mais uma vez à região de São José dos Ausentes, desta vez para
nos hospedarmos na pousada Vale das Trutas - www.valedastrutas.com.br .
O Vale das Trutas fica junto à estrada
RS-020 que faz a ligação entre Cambará do Sul e Ausentes, e está distante 42 km
do centro de Cambará, sendo que apenas 11 km deste trecho estão asfaltados, o
restante do trajeto é feito sobre as costumeiras estradas de terra com muita
pedra, típicas da região, o que apesar de atrasar a viagem não é impedimento
para nenhum tipo de carro, mesmo veículos normais de passeio trafegam com tranquilidade desde que respeitadas as condições da estrada.
Pórtico de entrada da Celulose Cambará S.A., no meio do caminho a Ausentes
As acomodações do Sitio Vale das
Trutas são em cabanas de madeira que comportam 04 pessoas, todas equipadas com
cozinha completa e a indispensável lareira para aquecer as noites frias,
típicas da região.
Cabanas do Vale das Trutas
Além da beleza ímpar do vale onde
está instalada a pousada, outro diferencial importante do local (fazendo jus ao
nome da pousada) é a criação de trutas em tanques e lagos, com objetivo de
consumo pelos hóspedes no sistema ‘pesque e pague’, além do fornecimento de
trutas para outras pousadas da região. Diferentemente das pousadas localizadas
na região do Rio Silveira, onde a pesca da truta só é permitida no sistema
‘pesca esportiva’ ou seja pesque e solte, aqui o objetivo da criação dos peixes
é o consumo, de forma controlada, sustentável e sem impacto ao ambiente.
Um dos tanques de criação das trutas no sitio
Saímos da região metropolitana de
Porto Alegre e subimos a serra via São Francisco de Paula e Cambará do Sul,
chegando a nosso destino pouco depois do meio dia, ainda a tempo de nos
instalarmos e prepararmos um almoço rápido em nossa cabana.
Instalados na"nossa" cabana
A tarde da sexta
feira foi dedicada a caminhar pela área da pousada, admirando a paisagem e
entrando no clima de tranquilidade do local.
Final de tarde no Vale das Trutas com a neblina chegando e encobrindo a paisagem
À noite, já que a neblina chegou forte e trouxe junto um agradável friozinho, nada melhor que pôr fogo na lareira e curtir um bom
vinho, antes de dormir cedo.
No sábado após o bom café da
manhã servido no restaurante da pousada, fomos visitar o mirante da Serra da
Rocinha. O mirante está localizado a apenas 6 km da pousada, com acesso pela estrada
que faz a ligação entre Ausentes e a região do litoral sul catarinense (BR 285).
Chegando à divisa entre os estados do RS e SC, antes de iniciar a descida da
serra, na margem direita da estrada existe uma entrada que dá acesso ao
mirante, facilmente identificado por um conjunto de antenas instaladas no
local.
Cânion no mirante da Serra da Rocinha
Entrando por este acesso é
possível chegar de carro até bem junto da borda do cânion onde está localizado
o mirante e uma rampa de vôo livre. Dali, o visitante tem uma visão completa do
vale localizado lá embaixo no pé da serra.
Uma das duas rampas de vôo livre no mirante da Rocinha
Campos sem fim nas bordas do cânion da Rocinha
Lá embaixo, a estrada que leva aos municípios de Ermo e Turvo, já em solo catarinense
Deixando o visual do mirante da Rocinha para trás, vale a pena seguir alguns quilômetros pela estrada que leva aos municípios de Timbé do Sul, Ermo e Turvo, na parte baixa da serra, já em solo catarinense. A descida (ou subida) da serra da Rocinha é nada menos que um zigue zague sem fim por uma estradinha estreita de pedras entre as montanhas. Como havia chovido nos últimos dias, também temos um pouco de barro em alguns trechos mais úmidos da estrada.
Subindo a Serra da Rocinha, divisa RS / SC
No retorno à pousada compramos
alguns filés de truta para prepararmos no jantar. O hóspede que preferir pode
pescar diretamente nos açudes e tanques e pagar pelas trutas pescadas, já
limpas, ou então fazer como nós, comprar os filés já limpos e prontos para o
preparo.
Após o almoço fomos caminhar no
entorno da pousada e conhecer mais de perto a cachoeira que fica à margem da
estrada, pouco antes de chegar a pousada no sentido de quem vem de Cambará. De cara, enfrentamos uma forte subida, que se por um lado é cansativa, por outro lado nos recompensa com este belo visual do sítio:
Lá embaixo, as cabanas do Vale das Trutas
À beira da estrada, pinhões
Saindo da pousada e caminhando na
direção de Cambará, basta seguir a estrada até cruzar uma pequena ponte de
madeira.
Ponte na RS-020 que liga Ausentes a Cambará
Passando a ponte, à direita existe
um acesso junto à cerca de arame, de onde seguimos caminhando pelo campo
acompanhando a cerca até chegar ao lado da cachoeira.
Vista da "parte alta" da cachoeira.....vamos descer lá embaixo !
Para quem tiver folego e quiser
seguir em frente, é possível descer o morro e chegar ao pé da cachoeira. Vale
muito a pena.
Alguns metros rio abaixo há um
ponto onde se equilibrando sobre pedras é possível cruzar para o outro lado da
margem, dando acesso de volta à pousada por um atalho que economiza uma bela
caminhada. Como este atalho exige que se cruze por dentro do rio e não queremos
molhar os sapatos, voltamos pelo mesmo caminho da estrada até a pousada.
À noite, mais uma vez lareira
acessa, trutas assando no forno para o jantar e um malbec como acompanhamento.
Durante a noite do sábado o vento
aumentou bastante, carregando as nuvens e limpando de vez o tempo. O domingo
amanheceu mais frio. Após o bom café da manhã, preparamos o chimarrão e
passamos o restante da manhã caminhando pela área da pousada e curtindo a
tranquilidade do local.
Manhã de domingo de céu limpo e temperatura mais baixa
'Old Massey', ainda na lida dos trabalhos da pousada
Não poderiam faltar as hortências...
Após o almoço, arrumamos tudo e fechamos
nossa estadia, iniciando nossa viagem de retorno para casa, com direito a um
rápido desvio em São Chico de Paula para visitar o lago São Bernardo decorado
com o tom avermelhado das folhas dos plátanos, típico do outono.
Plátanos no São Bernardo, São Chico de Paula