"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor."

Amyr Klink

domingo, 8 de março de 2015

CACHOEIRÃO DO RIO DAS ANTAS, NOVA PÁDUA, JULHO DE 2014

   A pequena cidade de colonização italiana de Nova Pádua está localizada na serra gaúcha e é vizinha ao município de Flores da Cunha. A distância entre a capital Porto Alegre e Nova Pádua é de aproximadamente 160 km, via RS-122 e Caxias do Sul.

   Em Julho de 2014 estivemos mais uma vez visitando a região. Desta vez, optamos por fazer o “caminho inverso” ao que normalmente fazemos, ou seja subimos a serra em direção a Farroupilha via RS-453 até o entroncamento desta com a RS-448, passando pela localidade de Vila Jansen até cruzarmos a famosa “ponte de ferro” sobre o Rio das Antas, na divisa entre os municípios de Farroupilha e Nova Roma do Sul.

A famosa "Ponte de Ferro" sobre o Rio das Antas

Vale do Rio das Antas

Após cruzarmos a ponte, seguindo à esquerda, Nova Roma. À direita....uma dose de aventura

   Para adicionar um pouco de aventura ao passeio, após cruzarmos a ponte em direção a Nova Roma, ao invés de seguirmos pelo asfalto da RS-448, entramos numa estradinha de terra logo à direita de quem cruza a ponte de ferro. A estradinha estreita e esburacada vai margeando o Rio das Antas, seguindo os contornos dos morros e brindando o aventureiro com paisagens dignas de cartão postal. O caminho é um pouco difícil e veículos baixos, de passeio, podem ter algum problema em passar, então fica a dica para quem estiver de 4x4 ou veiculo mais alto tipo SUV, pode encarar na boa.

   No meio do caminho, exatos 8,2 km após a entrada na estradinha ao lado da ponte de ferro, existe um acesso que não tem nenhum tipo de sinalização ou marca, que dá acesso ao “Cachoeirão do Rio das Antas”. 


   Neste local é possível chegar de carro bem junto à margem do rio e dependendo do nível da água, é possível caminhar sobre as pedras curtindo a natureza e o silencio que só é quebrado pelas águas do Rio das Antas.

Cachoeirão do Rio das Antas



    Após passarmos um bom tempo curtindo a paisagem do “cachoeirão”, seguimos em frente margeando o Rio das Antas por mais 2 km até encontrarmos o “passo” onde está a balsa “a muque” para travessia do Rio das Antas.


   A travessia calma e silenciosa na balsa tracionada a cabos por si só já é uma experiência única.

Cruzando o Rio das Antas no silencio da "balsa a muque"

   Na balsa cartazes anunciando festas nas comunidades da região fazem a gente pensar por um instante que se está em outro país, tamanha a preservação dos costumes originais italianos que ainda persistem nas colônias e comunidades do interior da região.

Será que o jantar estava bom ???  Olha o cardápio...

   Cruzamos o Rio das Antas saboreando a paisagem e o silêncio, e na outra margem, já no município de Nova Pádua, seguimos em direção ao Belvedere Sonda - http://www.belvederesonda.com/website/  -  onde nos deliciamos com um farto almoço típico italiano, adicionado (nem precisava....) de churrasco. O restaurante estava lotado e tivemos de esperar um pouco para sermos atendidos. A dica para quem não curte esperar é reservar mesa, ou chegar bem cedo. De toda forma, posso garantir, a espera vale muito a pena.

   Além do almoço típico, outro diferencial do Belvedere Sonda é a vista do vale do Rio das Antas. Como não poderia deixar de ser, após almoçarmos, “matamos” mais um tempo no mirante curtindo a paisagem do rio, montanhas e a balsa “a muque”.


    Deixando o Belvedere Sonda para trás seguimos em frente passando pelo pequeno centro da cidade de Nova Pádua, de onde tomamos a RS-314 em direção a Flores da Cunha. Logo na saída de Nova Pádua, uma rápida parada para fotos no bonito pórtico de entrada da cidade.


    Seguindo adiante, fizemos um desvio do caminho asfaltado, entrando no acesso que leva por estradinhas vicinais ao distrito de Otavio Rocha. Para minha surpresa, grande parte destas estradinhas vicinais em meio à colônia foram recentemente asfaltadas.
Na pacata localidade de Otavio Rocha, uma atração que ainda temos de conferir é o restaurante Dona Adélia - http://www.donaadelia.com.br/novo/index.php . Fica para a próxima vez......

   Após Otavio Rocha, passamos pela localidade de Santa Justina de onde seguimos pelo caminho conhecido como “Caminhos da Colônia”, onde ainda podemos ver parreirais e construções típicas da época da colonização da região serrana.

Pelos muitos caminhos das colônias na serra

Torre da capelinha da localidade de Santa Justina

   Este caminho termina em Caxias do Sul, na RS-122 junto ao Parque da Festa da Uva, de onde seguimos nosso caminho para casa, encerrando mais um passeio pelas belas montanhas da serra gaúcha.