A pequena cidade de colonização
italiana de Nova Pádua está localizada na serra gaúcha e é vizinha ao município
de Flores da Cunha. A distância entre a capital Porto Alegre e Nova Pádua é de
aproximadamente 160 km, via RS-122 e Caxias do Sul.
Em Julho de 2014 estivemos mais
uma vez visitando a região. Desta vez, optamos por fazer o “caminho inverso” ao
que normalmente fazemos, ou seja subimos a serra em direção a Farroupilha via
RS-453 até o entroncamento desta com a RS-448, passando pela localidade de Vila
Jansen até cruzarmos a famosa “ponte de ferro” sobre o Rio das Antas, na divisa
entre os municípios de Farroupilha e Nova Roma do Sul.
A famosa "Ponte de Ferro" sobre o Rio das Antas
Vale do Rio das Antas
Após cruzarmos a ponte, seguindo à esquerda, Nova Roma. À direita....uma dose de aventura
Para adicionar um pouco de
aventura ao passeio, após cruzarmos a ponte em direção a Nova Roma, ao invés de
seguirmos pelo asfalto da RS-448, entramos numa estradinha de terra logo à
direita de quem cruza a ponte de ferro. A estradinha estreita e esburacada vai
margeando o Rio das Antas, seguindo os contornos dos morros e brindando o
aventureiro com paisagens dignas de cartão postal. O caminho é um pouco difícil
e veículos baixos, de passeio, podem ter algum problema em passar, então fica a
dica para quem estiver de 4x4 ou veiculo mais alto tipo SUV, pode encarar na
boa.
No meio do caminho, exatos 8,2 km
após a entrada na estradinha ao lado da ponte de ferro, existe um acesso que
não tem nenhum tipo de sinalização ou marca, que dá acesso ao “Cachoeirão do
Rio das Antas”.
Neste local é possível chegar de carro bem junto à margem do
rio e dependendo do nível da água, é possível caminhar sobre as pedras curtindo
a natureza e o silencio que só é quebrado pelas águas do Rio das Antas.
Cachoeirão do Rio das Antas
A travessia calma e silenciosa na
balsa tracionada a cabos por si só já é uma experiência única.
Cruzando o Rio das Antas no silencio da "balsa a muque"
Na balsa cartazes anunciando
festas nas comunidades da região fazem a gente pensar por um instante que se
está em outro país, tamanha a preservação dos costumes originais italianos que
ainda persistem nas colônias e comunidades do interior da região.
Será que o jantar estava bom ??? Olha o cardápio...
Cruzamos o Rio das Antas
saboreando a paisagem e o silêncio, e na outra margem, já no município de Nova
Pádua, seguimos em direção ao Belvedere Sonda - http://www.belvederesonda.com/website/
- onde nos deliciamos com um farto almoço típico
italiano, adicionado (nem precisava....) de churrasco. O restaurante estava
lotado e tivemos de esperar um pouco para sermos atendidos. A dica para quem
não curte esperar é reservar mesa, ou chegar bem cedo. De toda forma, posso
garantir, a espera vale muito a pena.
Além do almoço típico, outro
diferencial do Belvedere Sonda é a vista do vale do Rio das Antas. Como não
poderia deixar de ser, após almoçarmos, “matamos” mais um tempo no mirante curtindo
a paisagem do rio, montanhas e a balsa “a muque”.
Seguindo adiante, fizemos um
desvio do caminho asfaltado, entrando no acesso que leva por estradinhas
vicinais ao distrito de Otavio Rocha. Para minha surpresa, grande parte destas
estradinhas vicinais em meio à colônia foram recentemente asfaltadas.
Na pacata localidade de Otavio
Rocha, uma atração que ainda temos de conferir é o restaurante Dona Adélia - http://www.donaadelia.com.br/novo/index.php
. Fica para a próxima vez......
Após Otavio Rocha, passamos pela
localidade de Santa Justina de onde seguimos pelo caminho conhecido como “Caminhos
da Colônia”, onde ainda podemos ver parreirais e construções
típicas da época da colonização da região serrana.
Pelos muitos caminhos das colônias na serra
Torre da capelinha da localidade de Santa Justina